Diocese celebra com júbilo seus 95 anos

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Era uma sexta-feira, 02 de Agosto de 1918. Chegava de Roma a Bula “ArchidiocesisOlindensisRecifensis”, pela qual sua Santidade, o Papa Bento XV, desmembrava territórios da Arquidiocese de Olinda e Recife e suprimia a Diocese de Floresta para a criação das dioceses de Nazaré da Mata, Garanhuns, e nossa amada Diocese de Pesqueira, que tinha sede episcopal transferida de Floresta.
Hoje, 95 anos depois, reunidos na Catedral Diocesana de Santa Águeda, a diocese rendeu graças a Deus por tudo que lhe foi concedido nestes quase cem anos de história. A solene Concelebração Eucarística foi presidida por sua Excia. Revma. Dom Antonio Fernando Saburido, OSB, Arcebispo de Olinda e Recife, que aceitou o convite feito por Dom José Luiz Ferreira Salles, CSsR, bispo diocesano.
Dom Fernando deu inicio à sua homilia afirmando que a questão fundamental do cristianismo encontra-se na resposta a pergunta de Jesus: “Como podemos ser cristãos sem saber quem é o Filho do Homem? Ao mesmo tempo, esta é a missa da Igreja que, antes de anunciar Jesus Cristo, deve conhece-lo, experimentar seu amor incondicional e segui-lo na conversão de cada dia. Esta, portanto, é também a missão da Diocese de Pesqueira desde que foi criada. Naquela época, os contextos humanos eram bem diferentes e toda a sociedade trazia as marcas profundas da fé cristã. Nesta região, desde o século XVII, estava a presença dos primeiros missionários oratorianos e, dois séculos depois, dos missionários capuchinhos, que abriram caminho para a ação marcante do Padre Mestre Ibiapina, fundador de tantas casas de caridade neste e em outros estados.”
Dando prosseguimento, o arcebispo exortou que “Não podemos, no entanto, simplesmente fazer o elogio de nossos antepassados na fé sem debruçar-nos sobre o presente que eles deixaram como herança e agora está em nossas mãos.”
“No contexto da Jornada Mundial da Juventude, podemos inscrever a Diocese de Pesqueira que, embora comemorando noventa e cinco anos de missão, é uma Igreja jovem se os compararmos aos dois milênios da Igreja do Senhor. Uma igreja jovem que deseja anunciar Jesus Cristo e viver a perene juventude do Evangelho.”
Concluindo a homilia, Dom Fernando encorajou a todos afirmando que “é preciso ir, pois esta é a ordem ão uma ordem que nasce da dominação ou do poder, mas do amor, como disse o Papa. Nasce da força do amor e para Jesus nos envia, não há limites nem fronteiras, pois somos enviados para todas as pessoas. (…) Somos enviados, mas não sozinhos. Cristo não disse ‘vai’, mas ‘ide’: somos enviados em grupo, portanto, toda a Igreja é enviada. (…) E, por último, todos nós e toda a Igreja de Pesqueira somos enviados para servir e viver uma vida de serviço, que é uma vida de conversão e de superação de nossos egoísmos e comodismos.

Antes do término da missa, a equipe da Catedral fez memória da caminhada com uma bela apresentação histórica que recordou a todos as origens e os momentos mais importantes  da Diocese em sua história. Ao final da celebração Dom José Luiz, dirigiu palavras de agradecimento a Dom Saburido. Também fez três importantes anúncios, como marcos da celebração dos 95 anos:  a integração da Caritas como organismo Diocesano, a homologação como organismo ligado à Diocese, da Comissão Justiça e Paz, e a oficialização do Fundo Diocesano de Solidariedade.

Encerrando as comemorações, a Banda Marcial Dom Adelmo Machado, do Colégio Diocesano Cardeal Arcoverde, realizou uma apresentação em frente a catedral para os participantes da Missa.

Fonte: Henrique Halison – Pascom Belo Jardim